sábado, 8 de julho de 2006

Do lado de dentro.



A sala estava escura e ninguém sabia de fato o que encontraria ali. Não havia nenhum som e logo ao entrar ninguém conseguia mais ver ou ouvir ninguém, só havia o silêncio e o escuro até que cada um se deixasse ali assim, parado a contemplar o nada infinito.

Será que era louca ou lúcida? Queria que tudo ali virasse música, que cada cor lembrasse olhos e horas diferentes quando tudo à sua volta começou a adquirir contornos de um mundo que não podia existir em nenhum outro lugar fora de si. Cada boa lembrança, cada bom pressentimento, cada lição aprendida, os sons que enchiam agora sua alma de uma sensação impossível... era como comer toneladas de chocolate com café ao mesmo tempo, era como ter ao seu lado todas as pessoas que lhe faziam feliz, era como se todas as coisas boas que pudessem acontecer em uma vida inteira tivessem escolhido aquele lugar e aquela hora, tudo de uma vez.

Não queria ter que ir embora nunca mais, não queria ter que sair se tudo o que precisava estava ao seu redor, até que tudo começou a mudar de lugar, de cor, de som e a sensação agora era a oposta.

Ceguei? Cheguei da tua, da minha luz?

Aconteceu sem que o chão tivesse estrelas, sem que o céu tivesse um raio de luar e não fora capaz de suportar tudo ao mesmo tempo agora novamente. Estrelas explodem um dia. Por quê será? Para quê estrelas?

6 comentários:

Tarcízio Silva disse...

e pensar que vc queria matar o coitadinha do fugano2...
post lindo.
=*

Cristiano Contreiras disse...

Primeiramente:
amei este teu blog fundamentado na essencia Os Mutantes! ;) sou fã e logo identifiquei as pequenas sutilezas! :P

Amei sua escrita!
bjos

Michele Louvores disse...

Snif...

(você me deu a idéia para um post).

Amanda Luz disse...

Que lindo, Val!!! Por que as estrelas explodem um dia?

Obs: onde vc arranjou essa foto linda?! Que post lindo, que foto linda, que blog lindo! :´-)

Amanda Luz disse...

Ah, e além das influências "mutantes", tb há influências "hermanas". Do nosso lado de dentro, né?

Anônimo disse...

Hãn... eu te adoro?