Vida Louca Vida...(ou Cenas de Vida Urbana 1)
Não se assustem, não vou completar a frase do Lobão, que tá aí em cima, logo aí, no título do post. Mas que é louca é, a despeito de ser bonita, ser bonita e ser bonita...
Jurei pra mim mesma acordar cedo, eu ando meio relaxada de uns tempos pra cá e as coisas se acumulam em minha agenda e em minha quase escrivaninha (na falta de um nome melhor). Coloquei o despertador pras sete, era suficiente pra revisar as últimas aulas de alemão antes de sair, mas como sempre, ignorei solenemente o despertador e acordei bem mais tarde, de susto. Mas ainda havia tempo, sempre há no fundo. O que eu não podia esperar era o que de fato aconteceu, como ninguém espera um batalhão de coisas que acontecem de repente, sem avisar e pegam a gente de surpresa.
Voltemos ao ponto do susto. Ele foi o único do dia, mas podia não ter sido. O que é que se faz quando acontece um tiroteio debaixo dos seus pés às nove e meia da manhã?
Toma-se um susto ok? Fica-se nervoso, teme-se pela prórpia vida e pela dos outros, sim?...Claro que não! Procura-se saber o que está acontecendo! Era só olhar pela janela, todo mundo pensa do mesmo jeito, todo mundo estava na janela pra saber o que acontecia (embora a amiga que falava comigo ao telefone quando percebi o tiroteio tenha achado que eu estivesse doida quando disse que ia ver o que era mesmo). Ainda não consegui informações suficientes sobre o fato, mas isso agora não é uma questão.
A questão, pensava eu, era como de repente a gente percebia que é muito mais fácil do que se pensa ser notícia de uma página policial, como estamos cada vez menos seguros, como devemos esperar por dias futuros e todo esse blá blá blá ao qual estamos acostumados, afinal, a cada dia, assaltam-se milhares de pessoas, furtam-se outros milhares de carros, sequestram-se um sem número de gente. Ledo engano.
No fundo, o mais importante eu só entendi mais tarde. Com certeza, quem sofreu a ação dos bandidos lá embaixo não vai concordar comigo - o discurso dessa pessoa seria algo acerca da efemeridade da vida, da importância das pessoas próximas, de se aproveitar os momentos e etc - mas a menina que correu pra janela pra tentar entender o que acontecia foi a menina que a outra, que correria pra se esconder no colo da mamãe há dois, três ou quatro anos atrás, queria ser um dia, e isso sim, foi importante. Uma descoberta. E tão sem querer.
Qualquer um pode comentar- eu sei - "a cada dia milhares de pessoas descobrem-se como aquilo que pensaram ser um dia, a cada dia surgem milhões de novos talentos de seu prórpio box". Não me importa.
"Tenho uma gorda esperança
Todos os detalhes e minúcias
Melhores dias virão
Na conta certa"
Podem falar o que quiser, eu só estou descobrindo que posso mesmo ser uma jornalista.
6 comentários:
Alguém sabe como faz pra justificar um post? Odeio essa coisa sem margem...
Claro que pode ser...! Eu nao duvido disso. ;-)
No editor nao tem alinhamento nao? Senao nao sei... =/
bjo.
Vc tem alguma dúvida que tornar-se-á uma jornalista, "colega"?? Seu eu tenho certeza de mim, qt mais de vc. Meus caminhos foram desviados, mas no fundo a distância percorrida e vetor deslocamento acaba sempre no mesmo ponto. ahahahahha
tens um belo futuro a frente. Acredite. E deixe de ser boba.. Bobo é quem te acha boba em acreditar nos seus sonhos..
Vlw pelo coment in my flog. favoritei o seu tb. qt à marcar p falar da vida, adorei a idéia.. é só sugerir o dia, o lugar e tal... mt coisa mudou e vc cm sendo uma jornalista, há de se interessar pelo últimos acontecimentos.. furos de reportagem baladadíssimos. ahhahahaha
ixi, q só na releitura percebi umas discordâncias do portuga com a norma padrão. Abstrai tá?Na web n há de sermos tão cruéis. hahaha
Descoberta recente essa? Tá na hora de ver melhor, ñ?
Poxa, eu pensei que tivesse sido pilha de Larissa. Nunca se sabe quando ela é irônica ou verdadeira mesmo...
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