sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Vida Louca Vida...(ou Cenas de Vida Urbana 1)

Não se assustem, não vou completar a frase do Lobão, que tá aí em cima, logo aí, no título do post. Mas que é louca é, a despeito de ser bonita, ser bonita e ser bonita...

Jurei pra mim mesma acordar cedo, eu ando meio relaxada de uns tempos pra cá e as coisas se acumulam em minha agenda e em minha quase escrivaninha (na falta de um nome melhor). Coloquei o despertador pras sete, era suficiente pra revisar as últimas aulas de alemão antes de sair, mas como sempre, ignorei solenemente o despertador e acordei bem mais tarde, de susto. Mas ainda havia tempo, sempre há no fundo. O que eu não podia esperar era o que de fato aconteceu, como ninguém espera um batalhão de coisas que acontecem de repente, sem avisar e pegam a gente de surpresa.

Voltemos ao ponto do susto. Ele foi o único do dia, mas podia não ter sido. O que é que se faz quando acontece um tiroteio debaixo dos seus pés às nove e meia da manhã?
Toma-se um susto ok? Fica-se nervoso, teme-se pela prórpia vida e pela dos outros, sim?...Claro que não! Procura-se saber o que está acontecendo! Era só olhar pela janela, todo mundo pensa do mesmo jeito, todo mundo estava na janela pra saber o que acontecia (embora a amiga que falava comigo ao telefone quando percebi o tiroteio tenha achado que eu estivesse doida quando disse que ia ver o que era mesmo). Ainda não consegui informações suficientes sobre o fato, mas isso agora não é uma questão.

A questão, pensava eu, era como de repente a gente percebia que é muito mais fácil do que se pensa ser notícia de uma página policial, como estamos cada vez menos seguros, como devemos esperar por dias futuros e todo esse blá blá blá ao qual estamos acostumados, afinal, a cada dia, assaltam-se milhares de pessoas, furtam-se outros milhares de carros, sequestram-se um sem número de gente. Ledo engano.

No fundo, o mais importante eu só entendi mais tarde. Com certeza, quem sofreu a ação dos bandidos lá embaixo não vai concordar comigo - o discurso dessa pessoa seria algo acerca da efemeridade da vida, da importância das pessoas próximas, de se aproveitar os momentos e etc - mas a menina que correu pra janela pra tentar entender o que acontecia foi a menina que a outra, que correria pra se esconder no colo da mamãe há dois, três ou quatro anos atrás, queria ser um dia, e isso sim, foi importante. Uma descoberta. E tão sem querer.

Qualquer um pode comentar- eu sei - "a cada dia milhares de pessoas descobrem-se como aquilo que pensaram ser um dia, a cada dia surgem milhões de novos talentos de seu prórpio box". Não me importa.
"Tenho uma gorda esperança
Todos os detalhes e minúcias
Melhores dias virão
Na conta certa"

Podem falar o que quiser, eu só estou descobrindo que posso mesmo ser uma jornalista.

6 comentários:

Valéria Vilas Bôas disse...

Alguém sabe como faz pra justificar um post? Odeio essa coisa sem margem...

Amanda Luz disse...

Claro que pode ser...! Eu nao duvido disso. ;-)

No editor nao tem alinhamento nao? Senao nao sei... =/

bjo.

Anônimo disse...

Vc tem alguma dúvida que tornar-se-á uma jornalista, "colega"?? Seu eu tenho certeza de mim, qt mais de vc. Meus caminhos foram desviados, mas no fundo a distância percorrida e vetor deslocamento acaba sempre no mesmo ponto. ahahahahha

tens um belo futuro a frente. Acredite. E deixe de ser boba.. Bobo é quem te acha boba em acreditar nos seus sonhos..

Vlw pelo coment in my flog. favoritei o seu tb. qt à marcar p falar da vida, adorei a idéia.. é só sugerir o dia, o lugar e tal... mt coisa mudou e vc cm sendo uma jornalista, há de se interessar pelo últimos acontecimentos.. furos de reportagem baladadíssimos. ahhahahaha

Anônimo disse...

ixi, q só na releitura percebi umas discordâncias do portuga com a norma padrão. Abstrai tá?Na web n há de sermos tão cruéis. hahaha

Anônimo disse...

Descoberta recente essa? Tá na hora de ver melhor, ñ?

Michele Louvores disse...

Poxa, eu pensei que tivesse sido pilha de Larissa. Nunca se sabe quando ela é irônica ou verdadeira mesmo...